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terça-feira, 9 de maio de 2017

MAIS UM PARA A COLEÇÃO

Por Amanda Manequini

A impunidade corrói a democracia e deixa um rastro de insegurança na sociedade. A concessão de habeas corpus, dada ao goleiro Bruno Fernandes, acusado no assassinato de Eliza Samudio, virou alvo do debate sobre a funcionalidade da democracia brasileira.

Tecnicamente falando, o regime semiaberto, ao qual ele está submetido atualmente, está preceituado na legislação. Contudo, se levarmos em conta que o tempo para progressão de seu julgamento foi exaurido, percebemos quão desamparada está a justiça. Mesmo com todo o holofote midiático voltado para o envolvimento do ex-goleiro do Flamengo no crime, o Estado não conseguiu apresentar uma decisão num tempo razoável.

A polêmica soltura foi assinada pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que assinou também a liberação de Suzane Von Richthofen (condenada por matar os pais), o que contribuiu mais ainda na discussão. 
Além de uma justiça eficiente, esperava-se que o time, que atualmente está contratando o goleiro, se mostrasse preocupado com sua situação docondenado. Enquanto isso, a família da ex-modelo, observou a declaração do novo goleiro do Boa Esporte. Nela, Bruno disse friamente que uma prisão perpétua não traria a vítima de volta. 
Resta à sociedade mostrar seu inconformismo, e ao Estado, o papel de estimular a denúncia de casos de violência física e psicológica contra a mulher, para que não surjam casos parecidos. A proporção que o fato tomou deveria servir de estímulo e não como mais um exemplo de impunidade para nossa coleção.

AMANDA MANEQUINI é estudante da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Cooperativo de Presidente Prudente e também colaboradora do nosso Blog.

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