Duas situações me fizeram pensar e repensar algumas coisas esta semana...Um aluno do colégio (2ª série), na aula de Sociologia (sobre sistemas políticos), me fez uma pergunta à queima-roupa: "Em quem o senhor vota para presidente nesta eleição?" - Não sei! respondi.Esta situação me intrigou porque sempre levantei a bandeira da aula como ambiente político, ou seja, sempre acreditei (e ainda acredito) que o espaço da sala de aula, bem como a postura do próprio professor, não deve nunca ser neutra (como se isso fosse possível), mas sim espaço para criar consciência e incentivar a participação política em detrimento da indiferença.
Não digo que o professor tem que ser partidário em suas aulas, transformando-as em showmício, entretanto acredito que seria impossível dar aulas, principalmente, de História, Filosofia e Sociologia de modo imparcial.
O que mais me intrigou foi que às portas da eleição, ainda não tinha definido o meu candidato. E o pior está por vir... continuo sem saber em quem votar, pelas poucas possibilidades que temos para esta eleição.
Então recebi um e-mail que me fez lembrar de uma história real e comovente. Trata-se da escolha de Sofia.
Sofia foi uma mãe judia presenciando os conflitos e as dores de viver num período dominado pelo terror que foi o nazismo (especificamente o campo de concentração nazista de Auschwitz).
Sofia foi forçada por um soldado alemão a optar pela vida do filho ou da filha, qual seria executado e qual seria poupado. Caso recusasse escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais tem notícias dele.
A decisão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de decisão quase impossível de ser tomada.Meus caros, diante das eleições deste ano, atrevo-me a tomar tal história emprestada para ilustrar minha angústia neste momento!
Leia artigo de Rodrigo Constantino sobre a dúvida nesta eleição (inspiração para esta postagem).