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terça-feira, 10 de novembro de 2009

DAVID ÉMILE DURKHEIM (1858-1917)



Émile Durkheim, sociólogo francês, nasceu em Épinal em 15 de Abril de 1858. Estudou na École Normale Supérieure de Paris, doutorando-se em Filosofia.Em 1887, assumiu a primeira cátedra de Sociologia criada na França, na Universidade de Bórdeus. Aí permaneceu até 1902, quando foi convidado a lecionar Sociologia e Pedagogia na Universidade Sorbonne, em Paris. É considerado o fundador da Sociologia moderna. Foi um dos primeiros a estudar mais profundamente fenômenos sociais como suicídio, o qual, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude da desilusão do individuo com relação ao meio social em que vive.
Para Durkheim, o objeto da Sociologia são os fatos sociais, que devem, ser estudados como “coisas”, isto é, como algo com existência própria, objetiva, e que atua de forma coercitiva sobre os indivíduos.
O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios fundamentais:
1. A sociologia é uma ciência independente das demais Ciências Sociais e da Filosofia.
2. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos (ou fatos sociais), considerados “coisas”.
3. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que o antecedem.
4. Os fatos sociais são exteriores aos indivíduos e formam uma realidade específica que exerce sobre eles um poder coercitivo.
Segundo Durkheim , o homem é um animal que só se humaniza pela socialização.
Suas principais obras são: A Divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1894) e O suicídio (1897).

MAX WEBER (1864-1920)



Nascido em Eufurt, na Turingia, Alemanha, em Abril de 1864, o sociólogo e cientista político Max Weber foi professor de Economia nas universidades alemãs de Freiburg e Heidelberg.
Considerado, com razão, um dos mais importantes pensadores modernos, ele foi um dos fundadores clássicos da Sociologia. Dotado de espírito investigativo particularmente aguçado e de grande erudição, criou uma nova disciplina, a Sociologia da Religião, na qual desenvolvia estudos comparados entre a história econômica e a história das doutrinas religiosas.
Weber foi também um dos primeiros cientistas sociais a chamar a atenção para o fenômeno da burocracia, não só no Estado moderno mas também ao longo da História.
De acordo com ele, a Sociologia deveria estudar o sentido da ação humana individual, que deve ser buscado pelo método da interpretação e da compreensão. Weber preocupava-se ainda com a responsabilidade social dos cientistas políticos e defendia a busca da neutralidade na vida acadêmica e na investigação cientifica.
As teorias de Weber exerceram grande influencia sobre as Ciências Sociais a partir da década de 1920. Em uma de suas obras mais conhecidas, procurou demonstrar a existência de uma estreita ligação entre a ética protestante e a ascensão do capitalismo.
Suas principais obras são: A ética protestante e o espírito do capitalismo (1905) e Economia e sociedade (publicada postumamente e 1922).

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

AUGUSTO COMTE (1798-1857)







Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, nasceu em Montpellier em 19 de janeiro de 1798. Fez seus primeiros estudos no Liceu de Montpellier e ingressou depois na Escola Politécnica de Paris. Entre 1830 e 1842, publicou sua primeira grande obra, na qual expõe os princípios fundamentais de sua filosofia e de sua teoria da História: Curso de Filosofia Positiva, composto de seis volumes. A partir de então, sua doutrina passou a ser conhecida como Positivismo.
Comte afirmava que a sociedade funciona como um organismo, no qual cada parte tem uma função especifica, contribuindo para o funcionamento do todo. Segundo ele, ao longo da Historia a sociedade teria passado por três grandes fases: a teológica, a metafísica e a positiva (ou cientifica). Na primeira, as pessoas recorriam à vontade dos deuses para explicar os fenômenos naturais; na segunda, utilizavam conceitos abstratos, como “natureza”; na terceira, que corresponderia à sociedade industrial, o conhecimento se baseia na descoberta das leis objetivas que determinam os fenômenos.
Comte foi o criador da expressão sociologia para designar a ciência que deveria estudar a sociedade. Sua doutrina, o positivismo, exerceu forte influência sobre a oficialidade do Exército brasileiro nas ultimas décadas do século XIX. Por isso, um dos lemas positivistas, “Ordem e progresso”, figura na bandeira do Brasil.

KARL MARX (1818-1883)





Filósofo, cientista social, economista e revolucionário alemão, Karl Heinrich Marx nasceu em Trier, Alemanha, a 5 de maio de1818. Estudou na Universidade de Berlim, interessando-se principalmente pelas idéias do filósofo Hegel. Formou-se pela Universidade de Iena em 1841.
Em 1843, transferiu-se para Paris. Lá conheceu Friedrich Engels, um radical alemão de quem se tornaria amigo íntimo e com quem escreveria vários ensaios e livros. De 1845 a 1848, viveu em Bruxelas, Bélgica, onde participou de organizações clandestinas de operários e exilados.
Em 1847, redigiu com Engels O Manifesto do Partido Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada de marxismo ou materialismo histórico. Nesse texto, Marx e Engels explicam que a historia da humanidade é a história da luta de classes e convocam o proletariado à luta pelo socialismo.
Em 1848, quando eclodiram movimentos revolucionários em vários países europeus, Marx voltou à Alemanha, onde editou a Nova Gazeta Renana, primeiro jornal diário francamente socialista e que procurava orientar as ações do proletariado alemão. Com o fracasso da revolução, Marx e Engels fugiram para Londres, onde viveram pelo resto da vida.
Em 1864, fundaram a Associação Internacional dos Trabalhadores – depois denominada Primeira Internacional dos Trabalhadores- com o objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo. Em 1867, Marx publicou o primeiro volume de sua obra mais importante, O Capital, no qual faz uma crítica radical ao capitalismo e à sociedade burguesa.
Marx foi o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário. Sua doutrina propõe a derrubada da classe dominante (a burguesia) por meio de uma revolução do proletariado e a criação de uma sociedade sem classes, na qual os meios de produção passam a ser propriedade de toda coletividade.
Entre suas principais obras estão: Miséria da Filosofia (1847), O Dezoito Brumário de Luis Bonaparte (1852), O Capital (1867-1894). Em parceria com Engels, escreveu: A sagrada família (1844), A ideologia alemã (1845-1846) e O Manifesto do Partido Comunista (1847).

Texto extraído do livro: OLIVEIRA, Pérsio Snatos de. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2000.

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