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terça-feira, 17 de agosto de 2010

ÉTICA E MORAL - Caso 2

O segundo caso que vamos estudar é bastante conhecido. Trata-se das histórias do "menino selvagem" (como ficou conhecido) e das irmãs Amala e Kamala.
Sobre esse caso vocês irão refleti-lo a partir da afirmação feita por Lilia Pinheiro (no texto trabalhado em sala) a respeito da ética grega. Façam uma análise comparativa entre as histórias e a afirmação abaixo:

"A ética grega entendia que o homem é um animal político (da polis) por natureza. Sendo assim, o homem só se humanizaria, se tornaria verdadeiramente homem, na comunidade. Ela era, pois, uma busca racional por critérios que tornassem possível a vida digna em comum". 

Segue os links dos textos: texto1  e texto2

Bom trabalho! Boa reflexão!!!

ÉTICA E MORAL - Caso 1

Caros alunos (Jornalismo e Publicidade)...
Em reflexão ao que temos discutido em sala de aula a respeito dos conceitos de ética e de moral, segue abaixo uma situação para mais uma vez pensarmos... 
No comentário, além da explicação das questões, expressar sua opinião pessoal.  

PARA PENSAR!!!

O caso exposto, trata-se de uma postura ética (ou antiética), moral (ou imoral) ou ético-moral (ou antiético e imoral)???
Quando um fato totalmente cultural, específico de um povo deve ser considerado ético? Pensemos!!!

sábado, 14 de agosto de 2010

O CURSO DE DIREITO DA FAPEPE ABRE AS PORTAS À PESQUISA

O curso de Direito da FAPEPE cria núcleo de  apoio
e fomento à pesquisa na área 


O curso de Graduação em Direito da FAPEPE, conta com o apoio de um novo núcleo. Trata-se do NPCJ (Núcleo de Pesquisa em Ciências Jurídicas), que auxiliará os alunos e e professores a desenvolver pesquisas e produção científica na área do Direito. Inicialmente o NPCJ disponibilizará dois grupos de pesquisa que abordarão temas de grande relevância para a comunidade científica, acadêmica, jurídica e para a sociedade como um todo. Um dos grupos tem como tema abordar as formas alternativas de solução de conflitos no Direito de família, principalmente o aspecto da mediação como uma maneira de acesso não-convencional à justiça. Outro tema que comporá as discussões em grupo será na área da Filosofia do Direito, onde será pensado o lugar do direito e dos valores em uma sociedade em crise. 
Além da discussão em grupo existe a pretensão de que a pesquisa se estenda para a comunidade através de entrevistas, aplicação de questionários, observação e outras propostas metodológicas. Como meio de incentivar o pesquisador, a FAPEPE ainda disponibilizará 8 bolsas-pesquisa para os candidatos que fizerem esta opção no ato da inscrição do processo seletivo.
Para quem se interessar em participar dessas discussões, pode fazer o download do regulamento dos grupos de estudos e pesquisas e do edital de abertura do processo seletivo para melhor se inteirar das regras e requisitos necessários para o ingresso nos grupos. Também ficará disponível a ficha de inscrição, bem como os anexos que deverão ser protocolados no NPJ da FAPEPE.
Aos alunos, ex-alunos e para a comunidade em geral que queiram participar, o período de inscrição ocorrerá entre o dia 16/08 e 20/08 no NPJ.
Com essa iniciativa todos saem ganhando, os alunos por aproximarem da pesquisa em assuntos e discussões contemporâneos, a  Faculdade por acolher o principal aspecto da Ciência: a pesquisa e a Comunidade científica e social, a partir dos resultados obtidos das análises.
Grande abraço a todos e boa pesquisa!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO - Aqui a brincadeira é séria!!!

Texto extraído da Folha S. Paulo 11/08/2010 - 15h21


Caros amigos e alunos... Para quem não leu, ou não ficou sabendo da nova decisão tomada pelo TSE de proibir os comediantes de ridicularizar os políticos em época de campanha (pois ficou entendido que satirizar um candidato na TV pode gerar desigualdade no processo eleitoral), segue abaixo uma crônica de Danilo Gentili sobre o assunto.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está preocupado, pois entendeu que satirizar um candidato na TV gera desigualdade no processo eleitoral. Ufa! Agora os indefesos candidatos já podem respirar aliviados e se concentrarem na campanha em que, na mesma TV, durante a propaganda eleitoral gratuita, um terá 10 minutos a mais que o outro para expor suas ideias. Isso sim é democrático, igualitário e... Droga... Aqui caberia uma piada, mas não posso fazê-la.
Agora é contra a lei ridicularizar o candidato. Então, lembre-se: por mais ridículo que ele seja, guarde segredo.
DANILO GENTILI é comediante
stand-up e repórter
do CQC da Band
Exemplo: Ainda que Collor ridiculamente ligue pra casa de um jornalista o ameaçando de agressão, por mais tentador que seja não mire sua lupa cômica nisso. Ele é candidato, e candidato aqui não fica exposto, fica blindado. O TSE nao é o feirante japonês que deixa a mercadoria exposta para que possamos apalpar e cheirar antes de levar. Ele é o coreano do Paraguai que a deixa na vitrine. Você não toca, não cheira. Apenas paga. Quando chegar em casa, reze antes de abrir a caixa.
E a discussão se essa censura é ou não constitucional? Tenho fé que em breve teremos uma resposta sensata. Logo após eles chegarem à conclusão de outra discussão que há anos os perturbam: afinal, o fogo é ou não quente?
O humorista pega a verdade e a exagera. Ao contrário do político, a verdade é imprescindivel para o sucesso de seu trabalho.. E esse é o problema. Num país onde culturalmente é bonito lucrar com a mentira, a verdade não diverte. Assusta. Indigna.
Onde já se viu um coronel permitir que manguem de sua cara em sua província? Então censuremos! Por isso, recentemente, tivemos imprensa brasileira censurada, jornalista estrangeiro expulso, repórter agredida e agora, humorista amordaçado. É melhor que o Estado defina o que pode ou não ser passado para o público, assim o público continua passando o que interessa para o Estado.
Aristófanes, pai da comédia antiga, exercia abertamente sua função de fazer o público rir, criticando instituições políticas e seus representantes. Se fosse brasileiro, hoje, Aristófanes não poderia realizar seu ofício. A visão democrática do TSE está mais atrasada que a da Grécia de 400 a.C.
Henri Bergson, filósofo francês, afirmou que "não há comicidade fora daquilo que é propriamente humano. Comicidade dirige-se à inteligência pura". Filosoficamente, o pessoal do TSE não é humano, nem inteligente o bastante para compreender o que foi escrito há quase um século atrás.
Freud, pai da psicanálise, entendeu que "rir estrondosamente, satirizar personagens e acontecimentos fazem parte da nossa experiência cotidiana e é crucial pra nossa condição humana". Um século depois, temos uma lei que impede a manifestação do cômico num evento tão importante pra sociedade como a eleição. Psicossocialmente falando, a democracia brasileira encontra-se retardada.
Estudos observam que primatas riem de boca aberta para manifestar raiva e hostilidade. A evolução preservou o instinto do riso no ser humano para que fosse a válvula de escape substituta à agressão física. A lei eleitoral quer abafar o instinto compulsivo da piada e do riso (e sabe lá Deus aonde isso vai poder explodir). Biologicamente, eles estão forçando um passo atrás na escala evolutiva.
Enquanto o Brasil se orgulha de dialogar com países desenvolvidos o suficiente para que nenhuma forma de comunicação seja restrita, a gente fica aqui rindo das imitações de Silvio Santos, porque é o que se pode fazer no momento. Claro, enquanto o Silvio Santos não for candidato.
Muito político faz chorar. Com a mesma matéria-prima o humorista faz rir. Para o TSE a segunda opção é uma ameaça e precisa ser contida.
A liberdade de expressão aqui tem o mesmo conceito de liberdade do zoológico. Faça e fale o que quiser. Você é livre! Desde que não passe os limites da sua jaula.
Não me multem, por favor. Isso não foi uma piada.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CONFISSÕES DE UM FILÓSOFO


- sobre a velhice -

Conhecemos-nos em uma tarde de outono, onde as folhas que caiam das arvores eram o anuncio de um inverno rigoroso que se aproximava. Sozinha e triste lá estava ela. Outono era a estação que transbordava de seu olhar. O fim de uma vida pode ser tão triste quanto à de uma flor que morre seca por falta de água em um jardim mal cuidado.
Os detalhes de suas palavras eram tão verdadeiros quanto ao céu nublado que prenuncia uma tempestade. Lá estava ela. Em um banco daquela praça. Lia o seu jornal. Sentei-me ao seu lado. Olhou-me profundamente nos olhos. Senti meu coração se rasgando pelas dores não pronunciadas daquela alma sofrida.
Contou-me de sua vida. Falou longamente sobre sua juventude. Dos sonhos realizados e daqueles esquecidos pelo tempo. Sim, ela teve família. Hoje, não mais. O que não se cuida com amor acaba sendo esquecido pelo tempo.
Naquela tarde descobri o que minha razão nunca poderia ensinar-me. A velhice pode ser tão dolorida como a dor da perda de alguém querido. Hoje minha mais nova amiga recordava as suas manhãs de vigor e sonhos. Tudo o que sonhou um dia hoje se encontrava sepultado em um coração esquecido por quem um dia se dizia amado.
Certo estava Michel de Montaigne quando disse: ”A velhice faz-nos mais rugas no espírito do que na cara”. Minha amiga não tinha tantas rugas na face. Mas seu coração era a dor aberta, em feridas que nunca poderão ser cicatrizadas pelo tempo.
Hoje ela vivia só. Foi abandonada em uma Casa de Repouso para pessoas que estão no processo de esquecimento familiar. Teve muitos filhos e netos. Recordou-se com lágrimas do primeiro sorriso de seus filhos. Das noites mal dormidas pelos resfriados que as crianças pegaram andando na chuva. Teve dias que deixou de se alimentar para que seus filhos tivessem o que comer. Sua dor era uma mistura de saudade e sofrimento.
Ao fim daquela tarde, perguntei-lhe se não sentia mágoa por estar naquela situação. Com um leve sorriso entre os lábios olhou-me profundamente nos olhos e me disse: Quando amamos verdadeiramente, a saudade de um passado de lutas é apenas uma maneira de mostramos que valeu ter lutado para fazer outras pessoas felizes.
Não concordei! Entre lágrimas abraçou-me e disse: Ser esquecido é a pior dor que até hoje senti em toda minha vida. Sinto falta de quem me amou, mas continuo amando cada filho. Queria apenas cuidar desta doença que hoje eles têm, e que se chama: desumanidade.
Assim nos despedimos. Na certeza de que a vida não é tão doce e bela para todas as pessoas. Retornando para minha casa recordei-me de Jean Jacques Rousseau: “Quem viveu mais não é aquele que viveu até uma idade avançada, mas aquele que mais sentiu na vida”.

Flávio Sobreiro Filósofo pela PUCCAMP, Teólogo pela FACAPA, Estudante de Filosofia Clínica, Poeta, Escritor e colaborador do Blog: SOCIOLOGIA NO MUNDO.

domingo, 1 de agosto de 2010

MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUIZO

TOQUE DE RECOLHER
Por Marco Aurélio dos Santos (foto abaixo) - estudante

Um assunto que já está fora de moda, porém fora muito polêmico, é o “toque de recolher”. Bom saber que o brasileiro se preocupa com as nossas crianças. Entretanto, muito me alarma o fato do Estado começar a interferir na esfera pessoal dos indivíduos.
A receita para migração de um Estado Democrático para um Totalitário é sempre a mesma: Hoje o partido tira-lhe um bem jurídico que, aparentemente, não irá lhe fazer falta. Aos poucos ele toma um ou outro bem jurídico. Hoje é a liberdade que vocês deram aos seus filhos para sair, amanhã pode ser a liberdade de vocês, pais, um fisco na poupança, sua liberdade de crença, sua consciência; até que o Estado controle tudo o que você deve pensar, fazer, comer, como deve se vestir...
É regra cogente que os planos de controle do Estado venham travestidos de boas intenções, afinal, como dizem por ai, de boas intenções o caminho para o inferno está cheio. Neste momento ele está prometendo cuidar de seus filhos melhor do que vocês. Está dizendo que vocês falharam na missão de educar seus filhos, e, por isso, ele passará a ser o novo pai de suas crianças. Mas eu pergunto a cada um que está lendo estas linhas: Do que o Estado sabe cuidar bem? Como diria meu professor de economia, “onde o Estado mete a mão, dá merda!” Nossos presidiários estão sob guarda constante do Estado, e todos sabemos como é dentro de uma cadeia.
Não nego que há pais que são omissos na criação e educação dos filhos. Porém, não podemos deixar que, mais uma vez, os bons paguem pelos maus. O que devemos procurar é corrigir os filhos dos omissos, pois aqueles, contrariamente a estes, ainda podem ser salvos. Podemos guiá-los para um caminho melhor.
Fica a minha dica: Sempre que o Estado aparecer com cara de anjo e com a melhor das intenções, levante a guarda e não a abaixe.


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