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sábado, 23 de novembro de 2013

SUTILEZAS EM BRANCO E PRETO


É incrível como, apesar de estarmos no século XXI, ainda temos que lidar com problemas de séculos passados!
Estou falando de atitudes e estereótipos preconceituosos (vale aqui a redundância) como o racismo. Estava eu preparando uma aula de sociologia para meus alunos do colégio – a respeito da alteridade – quando encontrei em meus velhos arquivos algumas folhas amareladas de uma velha revista (possivelmente "cedidas" numa dessas longas esperas em visita ao médico ou dentista...). Tratava-se de uma reportagem cuja manchete era: “POR QUE OS HERÓIS NUNCA SÃO NEGROS?”
Lembro-me de ter lido tal reportagem, mas resolvi lê-la novamente na íntegra (também encontrei-a na internet – link abaixo). A reportagem fala da dificuldade que as crianças negras encontram na formação de sua personalidade, justamente pela falta de ter um herói também negro, no qual se espelhar. Na reportagem a pedagoga e professora de Educação Infantil em Brasília explica que "lendas, contos da carochinha e mitologias ajudam as crianças a construir sua identidade. Num processo de transferência, os pequenos se colocam no lugar dos heróis e vivenciam as sensações dos personagens" e a questão que mais me chamou a atenção para escrever este relato, colocada pelo autor da reportagem era:
Então imagine o que significa ser despertado para o prazer da leitura sem ver sua raça representada de forma positiva nas páginas dos livro.
É degradante chegarmos a este ponto...
 
Vejam a matéria completa (clique aqui)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

QUEM USA A MÁSCARA MESMO?

Por Rafael Pereira de Macedo
 
Recentemente a revista ÉPOCA estampou em sua capa uma manifestante ‘’Black Bloc‘’ se desfazendo de seu anonimato e abrindo o coração, contando a sua história de vida. Ao longo da matéria nos apresentam um suposto líder Leonardo Morelli, nos dizem que eles são financiados por ONG’S internacionais, tem um campo de treinamento, entregam um CD com programas de invasão para os membros como se todos fossem hackers... mas vamos com calma, um manifestante que usa a TÁTICA BLACK BLOC faria isso mesmo?
Vamos a um histórico: Os primeiros manifestantes que usaram a tática Black Bloc surgiram na Alemanha ocidental dentro do movimento autonomista que ocorria naquele país. O movimento autonomista que surgia na década de 1970 se desenvolvia no meio da sociedade capitalista optando por manter o modo de vida dominante no momento mas de forma diferente criavam-se focos de sociabilidade alternativos e pautados em valores e práticas opostas ao capitalismo tirano e opressor. O processo de autonomia alemão iniciou quando grupos de pessoas, por meio de ação direta, acampavam em territórios das cidades do interior onde era planejada a instalação de usinas nucleares e, nas grandes cidades como Berlim e Hamburgo jovens e excluídos inspirados em grupos holandeses e ingleses começaram a ocupar imóveis vazios e os transformavam em moradias coletivas e centros sociais autônomos (eram o Squats). Esses dois eventos se tornaram os pilares do autonomismo alemão como se fossem ilhas no seio da sociedade capitalista.
Era uma crítica ao sistema e era funcional, logo os acampamentos e squats começaram a proliferar por todo o país. O governo resolveu agir e acabar com essa revolução social e em 1980 ordenou uma grande ofensiva contra os acampamentos e squats, diante dessa ação policial violenta militantes alemães se organizaram para resistir a repressão e proteger seus espaços, nasceu a tática Black Bloc. Durante uma manifestação em primeiro de maio de 1980 em Frankfurt autonomistas desfilaram com o corpo e rosto coberto de preto usando capacetes e outros equipamentos para se defenderem de ataques policiais. E por causa do visual a imprensa alemã os batizaram de ‘’Schwarzer Bloc‘’ (Bloco Negro em alemão). Inicialmente como entendemos no contexto histórico a função da tática era proteger, atualmente além de proteger ela tem sido como meio de ataque, um choque simbólico contra o sistema capitalista e também fica claro que a tática Black Bloc é de iniciativa popular, apartidária, sem financiamentos de qualquer instituição que seja e que, onde houver repressão em qualquer lugar do mundo ela pode ser usada.
Mas infelizmente a mídia está todo o tempo  mentindo e manipulando, basta pesquisar rapidamente o nome desse suposto ‘’líder dos Black Bloc‘’ e encontramos várias acusações pesadas contra ele, compreendendo este texto, com todas essas informações somadas a que vocês vão buscar, comprovamos que não é simplesmente um ‘’quebra-quebra’’ sem sentido, comprovamos mais uma mentira da mídia que nos priva das tendências mundiais no campo político. Pra comprovar o que digo: Antes das manifestações de julho você já ouviu falar de Black Bloc? Movimento Autonomista? Ação Direta? Pesquisando a fundo, outras fontes, mídias independentes, vemos como a tática é importante e como ela é frequentemente usada no mundo inteiro e seu potencial numa manifestação ela mostra o poder que o povo tem!
 
RAFAEL PEREIRA DE MACEDO é auxiliar de TI e também colaborador deste Blog.

domingo, 17 de novembro de 2013

LULA REVELA: A IMPRENSA FAZ MAL À DEMOCRACIA

O ex-presidente Lula, José Sarney e Renan Calheiros no Senado em comemoração aos 25 anos da Constituição
Por Guilherme Fiuza
 
Discursando no Senado, em comemoração aos 25 anos de promulgação da Constituição, Lula disse que a imprensa “avacalha a política”. E explicou que quem agride a política propõe a ditadura. Parem as máquinas: para o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, a imprensa brasileira atenta contra a democracia. É uma acusação grave.
O Brasil não tinha se dado conta de que os jornais, as rádios, a internet e as televisões punham em risco sua vida democrática. Felizmente o país tem um líder atento como Lula, capaz de perceber que os jornalistas brasileiros estão tramando uma ditadura. Espera-se que a denúncia do filho do Brasil e pai do PT tenha acontecido a tempo de evitar o pior.
No mesmo discurso, Lula cobriu José Sarney de elogios. Disse que o senador maranhense, então presidente da República, foi tão importante na Constituinte quanto Ulysses Guimarães. Para Lula, Sarney sim é, ao contrário da imprensa, um herói da democracia.
É compreensível essa afinidade entre os dois ex-presidentes. Sarney e seu filho Fernando armaram a mordaça contra O Estado de S. Paulo. Proibiram o jornal de publicar notícias sobre a investigação da família Sarney por tráfico de influência no Senado, durante o governo do PT. Isso é que é democracia.
A imprensa é mesmo um perigo para a política nacional. Ela acaba de espalhar mais uma coisa horrenda sobre o governo popular – divulgou um relatório do FMI que denuncia a “contabilidade criativa” na tesouraria de Dilma. Contabilidade criativa é uma expressão macia para roubo, já que se trata de fraudar números para esconder dívidas e gastar mais o dinheiro do contribuinte. Assim, a imprensa avacalha a política petista, cassando-lhe o direito democrático de avacalhar as contas públicas.
Lula faz essa declaração no momento em que manifestantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, numa epidemia fascista, depredam e incendeiam carros da imprensa, além de agredir jornalistas. Luiz Inácio sabe o que faz. Sabe que suas palavras são gasolina nesse fogo. E não há nada mais democrático do que insuflar vândalos contra a imprensa – já que o método Sarney de mordaça é muito trabalhoso, além de caro.
Do fundo do mar, onde desapareceu há 21 anos, Ulysses Guimarães deve estar quase vindo à tona para tentar entender como Lula conseguiu exaltar a Constituição cidadã e condenar a imprensa num mesmo discurso. Ulysses morreu vendo a imprensa expor os podres de um presidente que seria posto na rua. Ulysses viu a imprensa ressurgir depois do massacre militar contra a liberdade de expressão. Ele mesmo doou parte de sua vida nessa batalha contra o silêncio de chumbo. Ao promulgar a Constituição cidadã, jamais imaginaria que, um quarto de século depois, um ex-oprimido descobriria que o mal da democracia é a imprensa. E estimularia jovens boçais a fazer o que os tanques faziam contra essa praga do jornalismo.
Lula saiu de seu discurso no Senado e foi almoçar com Collor – cujo governo democraticamente conduzido pelo esquema PC também foi avacalhado pelos jornalistas.
A união entre Lula e Collor é uma das garantias do Brasil contra a ditadura da imprensa, essa entidade truculenta e abelhuda. E o país se tranquiliza ainda mais ao saber que Lula e Collor estão unidos a Sarney. Com esse trio, a democracia brasileira está a salvo.
Chegará o dia em que a televisão e o rádio servirão apenas aos pronunciamentos de Dilma Rousseff em nome de seus padrinhos, poupando os brasileiros de assuntos ditatoriais como mensalão, contabilidade criativa, tráfico de influência, Rosemary Noronha e outras avacalhações.
Infelizmente Collor se atrasou e não pôde comparecer ao almoço. Lula pôde celebrar seu discurso com outros democratas, como o seu anfitrião, o senador Gim Argello (PTB-DF) – a quem a imprensa golpista também vive avacalhando, só porque ele responde a vários processos e a inquérito no STF por apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Com a mídia avacalhando a política desse jeito, não dá nem para almoçar em paz com um amigo do peito.
A Argentina e a Venezuela, que Lula e o PT exaltam como exemplos de democracia, já conseguiram domesticar boa parte da imprensa. Com a reeleição de Dilma, o Brasil chega lá.
 
(Este artigo foi originalmente publicado pelo Instituto Millenium)
 
 GUILHERME FIUZA é jornalista. Publicou o livro Meu nome não é Johnny que deu origem ao filme. Escreve quinzenalmente para a revista ÉPOCA.
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO DE METODOLOGIA - DIREITO

Caros alunos.
Para a avaliação deste bimestre, segue quatro textos intitulados
  1. Há recompensa para quem renuncia à liberdade? - texto que discute sobre o que é liberdade e o que quer dizer "ser livre";
  2. Bentham, S. Tomás de Aquino e a violência urbana - texto sobre a visão dos filósofos Jeremy Bentham e Santo Tomás de Aquino a respeito da violência;
  3. Além do alcance - texto que discute a crise ética a que estamos passando nos dias atuais: mudança nos valores, inversão de valores e o "jeitinho brasileiro" para resolver tudo;
  4. O cuidado com a nossa casa - texto que traz à tona a reflexão sobre o cuidado com o planeta e a valorização dos recursos naturais à luz do pensamento grego clássico.
Também segue o link de três vídeo-documentários, quais sejam: 
  1. Criança: a alma do negócio - Trata da publicidade e leis brasileiras, o consumismo e incentivo ao consumo dirigidos às crianças;
  2. Super size me: a dieta do palhaço - Trata-se de um jornalista que decide fazer, por 30 dias, somente refeições no Mc Donnald's, após duas garotas perderem processo na justiça alegando influência da empresa em sua obesidade.
  3. Capitalismo: uma história de amor - Polêmico documentário que mostra como os EUA reagiu à crise econômica no final de 2008 e como as grandes empresas, como a Nestlé, Wal Mart e outras sobreviveram à ela.
A partir desse material, escolham apenas um (texto ou documentário) e façam uma RESENHA CRÍTICA completa.
 
Orientações:
Data de entrega - dia da prova de Metodologia em mãos.
Valor - 7,0 pts (70% da média do bimestre, portanto, caprichem).
É para ser realizada individualmente.
Deve conter de 04 à 06 páginas.
Segue o link do modelo de capa e folha de rosto para trabalhos da faculdade.
Toda a avaliação deve estar digitada (fonte 12 - Times new Roman ou Arial) e já deve estar no padrão ABNT.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ESPORTISTA PRUDENTINO VENCE PRECONCEITO E É PREMIADO EM CAMPEONATO NACIONAL DE POLE DANCE FITNESS

Por Julio César Gonçalves
 
Neste mês de Novembro nosso blog traz uma entrevista exclusiva com o jornalista, recreacionista e esportista Jonathan Henrique. Jon Foi convidado pelo SNM para contar um pouco de suas experiências profissionais e sobre o preconceito em relação à prática do Pole dance Fitness (modalidade que pratica e é premiado nacionalmente). Na entrevista, conta sobre a competição, a carreira e seus projetos. 

SNM: Jon, primeiramente queremos parabenizá-lo pela premiação no campeonato de Pole Dance Fitness. Qual a importância deste prêmio para você?

JON: Obrigado... No Brasil as competições são recentes, o campeonato paulista está na sua 3ª edição; o campeonato brasileiro já está na quinta. Eu tive o prazer de participar desde o primeiro paulista, em 2011, onde consegui a 3º colocação. Ano passado fiquei na 5ª posição, por causa de uma lesão no ombro que não tive tempo de recuperar e me preparar direito. Nesse ano fiquei em 3º de novo. Parece uma saga, ficar em terceiro lugar (risos).

SNM: Quando você passou a ter um interesse por essa modalidade da dança?
 
JON: Conheci o pole há mais ou menos dois anos e meio quando ainda cursava jornalismo, porém, somente em maio de 2011 que comecei a praticá-lo como um hobby. Já com 4 meses de treino participei do primeiro campeonato paulista em 2011 e, desde então, não parei mais. Hoje conto com dois 3º lugar no campeonato paulista e um 3º lugar no brasileiro.
 
SNM: Como foi sentir a emoção de concorrer e estar no pódio em uma competição de nível nacional?
JON: Foi o dia mais feliz da minha vida (risos). Quando me inscrevi foi com o intuito de me divertir, porque sabia que seria difícil. Ao anunciarem meu nome, não pude conter a emoção. Fiquei em choque, não tive reação, não conseguia acreditar. Porque esse ano foi um ano de loucura: larguei trabalho, casa, faculdade, amigos... deixei tudo aqui em Presidente Prudente e fui para São Paulo, para me dedicar ao pole fitness. Saber que nada disso foi em vão, foi maravilhoso! Faria tudo de novo.
SNM: Eu imagino o que passou pela sua cabeça! E estar em um campeonato desse porte, não é para qualquer um.
JON: O campeonato brasileiro foi a minha primeira experiência e ficar na 3ª posição logo de cara, foi muito especial, porque não imaginava. Eu estava lá, concorrendo com os melhores do país.

SNM: Explica para o público do Blog o que é o Pole dance?

JON: O pole dance é uma dança que teve origem na Europa, porém se tornou conhecida nos Estados Unidos com as dançarinas de casas noturnas. O pole dance requer certa força e resistência, pois é uma combinação de movimento, flexibilidade e dança.

SNM: Você acredita que essa influência norte-americana das casa noturnas faz com que o pole dance seja visto com preconceito?

JON: Como ele ficou conhecido por meio das casas noturnas, ainda existe certo preconceito, tanto na modalidade masculina quanto na feminina. O preconceito existe sim! Não vou dizer que tudo são flores, mas atualmente com a divulgação por meio da TV, internet e outras mídias, as coisas estão mudando. Particularmente eu não tenho nada contra o pole sensual, acho bonito. O que não concordo é com o julgamento das pessoas que não sabem diferenciar quem pratica uma ou outra modalidade.

SNM: E quais são as principais características que diferenciam as modalidades de Pole dance?

JON: Atualmente existem três tipos de pole dance, o sensual, o artístico e o fitness. A diferença entre eles se pode notar nos movimentos e na finalidade. O primeiro está relacionado à sensualidade e seus movimentos visam a erotização, com foco para as casas noturnas, culminando com strip tease. O pole dance artístico é mais performático, com movimentos acrobáticos e é adaptado para espetáculos de performance, como o circo, por exemplo. Já o pole fitness é uma mistura de dança com ginástica e movimentos de força, como uma ginástica artística na barra, um esporte. Tem por finalidade trabalhar determinados grupos musculares, ficar com o corpo em forma e praticar algum desporto. Nas competições atuais existe um código de arbitragem que divide os movimentos por graus de dificuldade e temos que cumprir movimentos obrigatórios, além de movimentos de dança no solo.

SNM: Fiquei impressionado quando vi seu vídeo no campeonato. Pude ver que você tem talento para o esporte.

JON: Obrigado. Ouvir isso me dá mais forças para não parar e sempre evoluir no meu trabalho. Ainda estou só engatinhando (risos). Espero melhorar cada vez mais e superar os meus limites.

SNM: Você trabalhou um tempo como recreacionista. Você era o "Tio Brigadeiro". Conta como foi essa experiência?

JON: Foi uma experiência maravilhosa, porque a oportunidade surgiu justamente quando decidi não atuar na minha área de formação (jornalismo), mesmo após receber propostas de emissoras e jornal impresso. Caí nessa área por brincadeira acabei me apaixonando... (risos). No total foram quase dois anos no Campo Belo e um ano no Terra Parque. Era muito bom receber o carinho das crianças, porque é sincero.
 
Assista o vídeo (amador) de Jon no Campeonato Brasileiro de Pole Dance Fitness.

domingo, 3 de novembro de 2013

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS É SÓ DOS BICHOS???

Queridos alunos do 2º termo de Comunicação Social... para vocês que estão fazendo a leitura do livro de George Orwell "A Revolução dos Bichos", segue o link de um documentário sobre a verdadeira história em que se baseou o autor do livro. O documentário se intitula "A História Soviética". Acredito que unindo a leitura com o vídeo sugerido, a fábula criada por Orwell ficará mais clara para nós.

Um abraço a todos e todas e bom filme!
 
 
 

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