Por Marco Aurélio
Transcrevo para vocês uma das questões da prova de filosofia do primeiro bimestre do 4º Termo de Direito (2010). Como elaborei a resposta com um pouco de pressa, não me atentei muito ao que escrevi. Depois de ter a prova de volta, percebi que podia compartilhar com vocês para que pudessem refletir!
Questão: Disserte sobre a importância da atitude filosófica cotidiana, bem como do ato de filosofar para o profissional do Direito.
Resposta: Habituamos-nos a não questionar nosso cotidiano, simplesmente o seguimos e, de maneira conformada, continuamos a segui-lo. A atitude filosófica mostra-se importante para que possamos questionar o motivo de realizarmos, diariamente, as mesmas tarefas e da mesma maneira. Tempo. Talvez – se considerasse a certeza alg os “zumbis sociais”, afinal, se não pensarmos, alo relativo, diria que tenho quase certeza – ele seja o grande vilão, o atual inimigo da atitude filosófica em nosso tempo. Temos tempo quase tudo, menos para pensar e questionar. Talvez seja por isto que, hoje, existamguém pensará por nós.
No Direito ocorre o mesmo.
O profissional do Direito deve preocupar-se em questionar e buscar a natureza e o fim daquilo que aprendeu e daquilo que utiliza no dia-a-dia. De nada serve um jurista sem atitude filosófica, sem o pensar, sem, como diria Miguel Reale, o momento de consciência humana. Sem esta dignidade, exclusiva do homem, o Direito acaba-se por ser ineficiente, pois tonar-se-á mecânico, a lei será aplicada pela lei, pouco importando se é justa. Não podemos permitir que a atitude filosófica morra nos juristas para impedir que o Direito torne-se obsoleto e para que não perca seu caráter humano. Pois, para realizar trabalhos mecânicos, chimpanzés treinados cairiam como uma luva.
MARCO AURÉLIO é aluno do 5º termo do curso de Direito da FAPEPE / UNIESP e colaborador deste blog. Seu texto é resultado de discussões realizadas na disciplina de Filosofia do Direito.
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