Estive fuçando nas postagens antigas do blog e encontrei uma que me chamou a atenção pela atualidade (mesmo escrita há 4 anos). Trata-se da crônica intitulada "Onde mora o papai Noel?" Como estamos nos aproximando do Natal, achei por bem trazê-la novamente para a leitura e reflexão sobre nossa vida e postura. Espero que gostem...
ONDE MORA O PAPAI NOEL?
Final de ano, festas, Natal, Ano Novo... que época boa não é mesmo!
Das poucas lembranças que tenho da minha infância a respeito dessa época, a imagem que fica latente em minha mente é a da unidade da família. O povo reunia por dias na casa da vó. Ali revíamos os parentes que há muito não víamos, conversávamos, (nós, os primos, brincávamos e mais nada).
Lembro-me do "forró" no quintal noite adentro... isso pra não falar da comilança! Tinha toda uma magia em torno do final de ano (que demorava um ano inteiro pra chegar). Era gostoso receber cartão dos tios de longe e colocar na árvore de natal...
Lembro-me do "forró" no quintal noite adentro... isso pra não falar da comilança! Tinha toda uma magia em torno do final de ano (que demorava um ano inteiro pra chegar). Era gostoso receber cartão dos tios de longe e colocar na árvore de natal...
Pois é! Alegria mesmo era esperar o Bom Velhinho, pegar no sono e acordar no outro dia decepcionado de não tê-lo visto, mas contente com o presente - que nem sempre (no meu caso, nunca) era o que havíamos pedido.
É caros amigos, os tempos mudaram! Longe de mim tecer um discurso saudosista sobre as festas de final de ano, porém, não dá para não notar as transformações a que nossa sociedade vem sendo submetida.
Os dias, hoje em dia, têm passado mais rápido. Será que as horas estão com defeito? Acho que não...
Nossa percepção do tempo e das atividades diárias mudaram radicalmente.
Da mesma forma, mudaram também nossas posturas diante das relações sociais e convivência familiar. E o final de ano não passou incólume à essas transformações.
Vejam que engraçado. Fui brincar de amigo secreto numa confraternização e, antes, correu uma lista de "qual presente você quer ganhar?" (acabei ganhando o presente que pedi...). Achei meio sem magia, sem encantamento. É como se eu comprasse o meu próprio presente e a surpresa fosse apenas a cor e quem me tirou.
Antes fazíamos um "junta panela" na ceia, hoje, "buffet de Natal".
Parei mesmo para refletir sobre esta fase que estamos passando quando minha filha (um ano e sete meses) me respondeu com seu pouco vocabulário onde mora o Papai Noel: "No shop papai, no shop".
Fica, a partir dessas lembranças, um convite a todos a relembrar os momentos vivenciados nos Natais passados e reavaliar os valores que estamos criando e seguindo agora. Por que não aproveitar a oportunidade para voltarmos às nossas raízes? À nossa família?
Não devemos querer voltar no tempo, pois como falei, os tempos são outros, contudo se faz necessário repensar o presente com base no passado para que possamos criar um futuro menos traumático, mais acertivo...
Quem sabe assim, podemos melhor acomodar o Papai Noel entre tantas lojas e escadas rolantes!
Parei mesmo para refletir sobre esta fase que estamos passando quando minha filha (um ano e sete meses) me respondeu com seu pouco vocabulário onde mora o Papai Noel: "No shop papai, no shop".
Fica, a partir dessas lembranças, um convite a todos a relembrar os momentos vivenciados nos Natais passados e reavaliar os valores que estamos criando e seguindo agora. Por que não aproveitar a oportunidade para voltarmos às nossas raízes? À nossa família?
Não devemos querer voltar no tempo, pois como falei, os tempos são outros, contudo se faz necessário repensar o presente com base no passado para que possamos criar um futuro menos traumático, mais acertivo...
Quem sabe assim, podemos melhor acomodar o Papai Noel entre tantas lojas e escadas rolantes!
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