Por Henrique Mendes
A questão é antiga, a novidade é que atualmente atinge cidades grandes, o que não significa que só agora é importante. O tema "falta d'água" é tratado desde muito tempo atrás e sempre soubemos o deveria ser feito e fizemos o contrário. E ao dizer "fizemos", estou incluindo todos nós, governo e cidadãos. Alguns dizem que devemos aprendrer com o fantasma da crise hídrica, mas prefiro acreditar no ditado popular: "quando a água bate na bunda é que se aprende a nadar", ou seja, sem água, sem aprendizado.
Os grandes culpados somos nós, não adianta culpar as questões climáticas. O clima é influenciadopor nossos avanços econômicos e tecnológicos, que demandam destruição do meio ambiente e poluição. O aquecimento global está aí e não me deixa mentir. Em tese, o conceito de sustentabilidade visa buscar alternativas para o desenvolvimento econômico com menos impacto possível no meio ambiente. Mas o que vemos é que na prática a teoria é outra...
Como aprender com a crise quando se tem Estados brasielrios desperdiçando um volume grande de água tratada? Se olharmos para os dados, até mesmo os Estados que desperdiçam menos, ainda desperdiçam muito (daria para abastecer uma região do país somente com a água desperdiçada entre os Estados brasileiros).
Algumas cidades do interior paulista adotaram o sistem a de multa para coibir quem consome mais do que o necessário. Talvez essa medida seria uma saída (em nível nacional), uma vez que mecher no bolso dos brasileiros ainda é uma forma de chamar a atenção para o problema. Ou se aprende pelo amor ou pela dor.
LUIZ HENRIQUE MENDES VEIGA é concluinte do curso de Jornalismo e colaborador do nosso Blog.