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terça-feira, 17 de novembro de 2015

ÁRVORE GENEALÓGICA DO SÉCULO XXI


Por Julio César Gonçalves

Numa dessas zapeadas pelos sites de notícia na internet, uma manchete me chamou a atenção e me fez pensar: "Bebê de SC poderá ter pai, duas mães e seis avós na certidão". A notícia trata de uma liminar da Justiça de Florianópolis que permitiu registro dos nomes na certidão de nascimento (segundo o portal de notícias G1), das mães - duas mulheres em união homoafetiva estável; do pai, que aceitou se relacionar com uma delas para procriar; e dos pais de cada um deles, portanto, dos avós. Tal decisão leva em consideração as novas formas de composição da família na atualidade.
Do ponto de vista jurídico traz desafios novos, tais como a necessidade de repensar o direito sucessório, por exemplo. Também denota que nossa sociedade está, de fato, passando por profundas transformações em suas estruturas mais tradicionais. 
Do ponto de vista social, acredito ainda não ser possível fazer alguma asserção acerca dos resultados dessas mudanças, afinal o passado ainda não passou e o futuro ainda está por vir...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

SOBRE DISCURSOS SEM FUNDAMENTOS

Por Julio César Gonçalves

Um aluno me parou no corredor dia desses e sapecou uma pergunta: "professor o senhor é contra ou à favor da descriminalização do aborto no Brasil?". Respirei fundo, escolhi bem algumas dúzias de palavras e já ia respondendo quando ele interrompeu dizendo: "mas não vale usar fundamentos religiosos, porque nem embasamento científico tem..."
Então, mais uma vez respirei fundo e resolvi não envolver Deus na referida situação. 
Como todo filósofo que se preza, respondi-lhe com outra pergunta: "Pois bem, me responda cientificamente: quais são os argumentos que sustentam TODOS OS BENEFÍCIOS trazidos pela interrupção de uma vida?".

O engraçado é que até agora não o encontrei com uma resposta...



terça-feira, 3 de novembro de 2015

"TUDO QUE ERA SÓLIDO, SE DESMANCHA NO AR" - Karl Marx

ADENTRANDO EM ÁGUAS PROFUNDAS

Por Marcela Pacheco



2,10,12,16,17,18,19... Qual será a próxima sequência? Com certeza você deve estar matutando matematicamente uma solução para este problema, porém, a resposta que você anseia não virá através das ciências exatas, mas sim das ciências humanas. Sim!

Você pode se perguntar por que iniciei esse texto com um raciocínio lógico, a resposta é simples, nem tudo que parece é.
É sabido por nós que, nunca tivemos tanto acesso a informação como nos dias de hoje, mas é perceptível também, que nunca fomos tão superficiais e alheios pelo mesmo motivo. 
Perdemos aos poucos a sensibilidade de ser profundo e inteiro para o outro, passamos a entregar fragmentos de nós mesmo, quando na verdade gostaríamos de nos dar por completo. Não falo especificamente sobre casais, mais sim, em todos os âmbitos dos relacionamentos que construímos com o tempo. 
Com a prioridade do ter, e não do ser, vemos que passamos a possuir o poder de acumular mais e mais, entretanto tudo que se acumula e não exerce sua funcionalidade, tende a estragar ou apodrecer, e é ai que percebemos o quão mesquinhos e hipócritas fomos com nós mesmos.
Acredito que nos falta a receptividade de gastar tempo com aquilo que realmente importa, aquilo que edifica. É tempo de olhar para o próximo, e enxergá-lo, não apenas as dificuldades que nos afastam do outro, mas sim aquilo que ele pode vir a ser além dos defeitos. Vejo que essa é uma das características mais lindas de Jesus, sim, Jesus, o carpinteiro, Ele tinha a capacidade de ver além do que os olhos humanos podiam. Enquanto todos enxergavam uma prostituta, Ele contemplava uma mulher de fibra, uma Santa.


MARCELA PACHECO é Jornalista e colaboradora do nosso blog.

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