Já é sabido que nunca falamos tanto sobre ética e falta de ética quanto nas últimas décadas, seja pelos meios de comunicação de massa, seja em discussões nas Universidades, seja no "senso comum nosso do dia a dia".
Hoje gostaria de trazer à tona um dentre tantos temas debatidos pela sociedade e que faz parte de uma área da ética denominada BIOÉTICA. Trata-se das discussões sobre a fertilização in vitro e o descarte dos embriões excedentes.
O problema ético central dessa discussão está em definir uma destinação aos embriões que não foram implantados no útero, ou seja, aqueles embriões que foram fecundados em laboratórios e que estão congelados (criopreservados) aguardando um destino. E que destino poderia ser este? Doá-los para pesquisa com células-tronco? Descartá-los? Mantê-los congelados? Doá-los para outros casais?
Estas são questões difíceis de serem resolvidas, mas que precisam ser pensadas. Seria muito fácil resolvê-las caso houvesse um consenso entre as verdades científicas, as verdades de fé e as verdades jurídicas. Mais precisamente sobre quando se considera o início da vida.
Muitos filósofos se embrenharam nesta difícil tarefa.
Hipócrates (pai da medicina) defendia a tese de que é na concepção que se inicia a vida, portanto, qualquer remédio que colocasse em risco à vida intrauterina não deveria ser administrado. Platão pensava ser no ato do nascimento o exato momento em que a alma se fundia ao corpo. Aristóteles, a partir da "teoria da animação imediata", argumentou explicando que alma e corpo se unem semanas após a fecundação, afirmando que o feto tem vida e, pelos primeiros movimentos do bebê ainda no útero de sua mãe, se provará o início da vida. Também outros se posicionaram a este respeito.
Na próxima postagem veremos o posicionamento das religiões e da ciência.
Mas, fica para ecoar em nosso pensar, a questão: "Em que momento surge a vida?".
(Continua...)
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