OS JOVENS SÃO LIVRES OU DETERMINADOS?
Por Paula Carneiro
Nem sempre agimos conforme nossas vontades. Não podemos voar, correr na velocidade do som, porque temos limitações. Essas são limitações naturais, mas existem outras criadas pela sociedade. O filosofo francês Hippolyte Taine (1828-1893) chamava a atenção, já no século XIX, para o fato de sermos herdeiros diretos de uma raça, de um meio físico e cultural e do tempo histórico.
As leis culturais existem e devemos conviver com elas através da inteligência, da criatividade. O ser humano aproveitou desafios e determinismos das leis naturais para criar maneiras de viver e desenvolveu objetos que aumentaram seu poder de ação como automóvel, avião, máquina.
Isso faz o ser humano sentir-se mais auto determinado, com segurança, sentir-se livre por ser capaz de pensar e decidir por si mesmo dentro de uma sociedade. Com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a palavra liberdade deixou de significar apenas cumprimento de leis e ganhou status de direito do cidadão.
O cidadão deve exercer todas as suas capacidades inclusive a de escolher entre diferentes opções possíveis para resolver um problema. Nesse sentido é importante chamar a atenção para o processo ensino aprendizagem, responsável direto pelo desenvolvimento da capacidade de escolher, de estimular a criatividade, de possibilitar um pensar que propicie uma vida digna ao cidadão.
Jacques Delors (1988) coordenador do “Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o séc.XXI”, no livro Educação: um tesouro a descobrir, aponta como principal consequência da sociedade do conhecimento, a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida e fundada em quatro pilares, pilares da formação continuada e do conhecimento.
Nossos jovens devem ser capazes de aprender a conhecer, aprender a fazer aprender a viver juntos, aprender a ser, aprender, aprender, aprender.
Ensinar a escolher constitui uma tarefa importante da educação, norteada por professores conscientes de que seus métodos estão realmente fundamentados em uma proposta cognitiva para uma educação direcionada ao aprender.
Sem dúvida, a educação é uma âncora para a construção da identidade de nossos jovens.
Paula Carneiro - É professora, Coach Educacional e Gestora
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