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segunda-feira, 4 de julho de 2016

QUANTO MAIS SOBE O PREÇO DOS ALIMENTOS MAIS VAZIO FICA O PRATO

Por Helena Cararo

De repente o brasileiro se deu conta de que está difícil se alimentar com o básico. Sempre se ouviu dizer que era preciso comer com qualidade e variedade: um prato colorido é a melhor opção dizem os nutricionistas. Mas o arroz com feijão sempre foi a paixão nacional.
Infelizmente todos estão sentindo o gosto ardido na hora de ir às compras, os principais alimentos da mesa dos brasileiros estão cada dia mais caro. Feijão vale ouro e a história virou meme nas redes sociais. Mas a realidade não é de dar risada e sim de chorar, o preço do leite duplicou e quem mais sofre com o aumento de tudo é sempre os mais pobres. São aqueles que já iam ao supermercado com o dinheiro da compra contado ou com o cartão do ticket sempre com o mesmo valor.
No carrinho só era colocado o essencial, agora até isso está sendo cortado ou substituído por produtos inferiores. É difícil trabalhar o mês inteiro faça sol, faça chuva e ter o principal direito usurpado. Alimentar-se com dignidade deveria ser a prioridade de todo governante. E não é só por causa do arroz, do feijão e do leite, tudo está em alta: preço dos alimentos, da gasolina, do desemprego. Se com o mesmo valor já não se compra os mesmos alimentos de antes, imagina quando a renda da família é drasticamente cortada. Muitas pessoas perdendo o emprego, empresas fechando, falindo.
E para quem gritar? A quem recorrer? Como viver?
Se o problema é falta de chuva o jeito é gritar a São Pedro que mande-a. Mas e quando a alta de alguns alimentos é devido a muita chuva ou muito frio ou muito calor?
Sempre haverá uma desculpa, mas quando chegará a solução?



HELENA CARARO é Jornalista e poetiza. Também colabora com o nosso Blog.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

INVERSÃO DE VALORES TEM PROPICIADO PAIXÃO PELO CONSUMO

Publicidade vende a alegria da inserção na sociedade
Por Heloísa Duran

Todos os dias a cena se repete, não há nada de novo, ao voltar da escola, a criança larga a mochila no chão e em seguida liga a TV. Sem nenhum esforço mental e de forma totalmente passiva, absorve o conteúdo dos programas e comerciais publicitários. Bastam 30 segundos, para que esta criança esteja convencida de que será mais feliz se fizer parte do fantástico mundo dos personagens.

De acordo com o Doutor em ciência da comunicação, Clovis de Barros Filho, no documentário, “criança a alma do negocio”, ao se expor aos conteúdos midiáticos a criança desenvolve a idéia de que, o consumo representa uma possibilidade de inserção social em determinados grupos: “A publicidade vende, evidentemente, mais do que alegria da posse, ela promove a alegria da inscrição na sociedade”.
A criança é um ser humano em construção, isso significa que ela está apta a absorver todo o conteúdo ao que for exposta. É na infância que os pequenos passam pelo processo de estruturação e precisam de amparo em seu desenvolvimento.
Ao comprar a ideia de valores expressada pelas propagandas, a criança que ainda não tem amadurecimento suficiente para distinguir os valores sociais humanos dos valores estabelecidos pela imagem midiática, passa a acreditar e viver em função de que é necessário aquele bem para promover sua alegria e até mesmo para que ela seja como as crianças que tem, e assim sintam-se aceitas.
E com a certeza de que precisa ter determinado produto que é representado por personagens animados da telinha, a criança que de forma passiva em apenas 30 segundos se convenceu disso, passa de forma ativa e muitas vezes até autoritária, ou quando não com uso da chantagem a requerer dos pais a posse do produto em questão.
A necessidade deixa de ser uma inevitabilidade e passa a ser agente promotora do desejo pela marca. A criança não pede um tênis qualquer, mas um tênis de determinada marca; ela não quer um celular qualquer, mas aquele de última geração.
No século da fadiga, onde nem sempre a mãe, por exemplo, pode dispor de tempo de qualidade para investir na formação do caráter de seus filhos, a mídia o faz por elas. Segundo dados do IBOPE, as crianças brasileiras passam em média 5 horas diárias em frente da TV e assistem aproximadamente 40 mil propagandas em um ano. 
A grande questão é que, a maior parte dos valores sociais e posse dos bens no Brasil, por exemplo, possuem valores invertidos. O grande poder aquisitivo concentra-se nas mãos de poucos, o que antes era ético, aos poucos se torna imoral, pensar no próximo parece ser atitude egoísta dentro da sociedade do espetáculo. Para ser legal tem que chamar atenção do outro, encher os olhos de quem vê. Ser aplaudido.
No meio desses valores e verdades criadas pela mídia, para satisfazer a necessidade de uma sociedade que parece não se saciar mais com o comum, o
rotineiro, a publicidade e o marketing, na busca do poder pela posse, por ganhar mais, vender mais, utiliza-se da criança como ferramenta para atrair famílias que muitas vezes não tem nem o suficiente para uma alimentação ou educação de qualidade, mas que para alegrar seus filhos, e amenizar a sensação e exclusão social investem do pouco que tem todo o recurso disponível na compra de bens que aparentam suprir seus pequenos.
No documentário Criança, a alma do negócio, uma mãe desabafa dizendo que, satisfazer o desejo dos filhos é na verdade satisfazer de forma impulsionada a gana da mídia na corrida para atrair mais consumidores. O sacrifício financeiro que significou muito para a família, o presente de natal que custou caro, mas sem valor nenhum. “Um robô, que a criança abandonou logo em seguida, depois de brincar com ele três ou quatro dias”. A mãe alega ter entrado o ano sem dinheiro só para satisfazer o desejo da filha, o que caracteriza o assédio crescente das crianças aos pais.
A nova fórmula consumista impresso na sociedade ensina as crianças de que facilmente o velho, que na maioria das vezes não é velho, pode ser trocado pelo novo. O que vale mesmo é ter o que a televisão mostra. Essa realidade acena para o consumo descartável, em que a expectativa da aquisição é mais intensamente vivida do que a própria posse do produto.
A infância divide seu palco entre, a companhia dos pais, que cada vez trabalha mais a fim de dar conta de suprir a necessidade da família, e a escola que educa e em contrapartida quem tem conquistado mesmo o brilho nos olhos dos pequenos é a TV, que através de mecanismos tem ganho lugar de destaque,
ensinado a visão midiática de valores consumistas, deseducando as crianças e desapontado famílias que não podem aderir o que a TV oferta mas que também não tem forças para ir contra.
É necessário analisar qual é a influência de tal exposição na subjetividade e formação da criança. Onde vamos parar? É preciso que as famílias tomem as rédeas da situação, afinal quem governa minha casa? A resposta para essa pergunta é a bússola para um novo norte diante desse cenário degradante, a alma da criança deve ser suprida por valores sociais humanos e não se pode confundir o
sentido da vida e da felicidade com consumismo.

HELOÍSA DURAN é estudante de Jornalismo e colaboradora do nosso Blog.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

UM RECADO AOS LÍDERES...


Liderança Poderosa, para chefiar com prestígio
Por Marluy Nogueira


Liderar hoje é um dos grandes requisitos para as pessoas, tanto para empresários, estudantes, independente da profissão. E pode ser simples, porém fundamental para despertar, criar e melhor empregar o poder e alavancar excelentes resultados em todas as áreas de nossa vida. Pois, conhecendo a nossa força e a melhor maneira de empregá-la, nós nos tornamos ainda mais assertivos, evitamos desgastes desnecessários e temos a capacidade de potencializar os resultados.
Tenho visto nas empresas, que muitos líderes atualmente se encontram sobrecarregados, justamente porque não conhecem o tamanho de seu poder, da sua força, e não as utilizam a seu favor ou as utilizam de forma incorreta. E com isso, não alcançam o resultado esperado, e desta forma, desmotivam e dificultam as tomadas de decisões, o agir com competência, se prejudicando e prejudicando toda a sua equipe, afastando cada mais vez mais do resultado esperado.
Provavelmente vocês conhecem alguém que se encontra dessa maneira, talvez até vocês já se viram nessa situação de desanimo geral, juntamente com a sua equipe, vivendo essa impotência diante dos desafios, sem saber o que fazer para reverter uma situação.
E vocês sabem por que isso acontece?
Justamente porque se desconhecem, desconhecem o tamanho de sua força, de seu poder, focam no negativo e deixam de acreditar nas possibilidades, se desanimam, desanimam a sua equipe, não assumem as responsabilidades, não tomam as atitudes necessárias, se acomodam e é claro que isso vai se tornar em um ciclo.
Talvez a partir de agra vocês tenham o desejo de aprimorar seu dom de liderar, para conseguir atingir seus objetivos. Alguns de vocês talvez ainda estejam contaminados com a desmotivação, enraizados em verdades negativas, se sentindo improdutivos, sem força de vontade e por isso não conseguem encontrar a saída necessária para mudar a sua realidade de insucesso.
O importante é vocês saberem que existe uma solução. É preciso despertar o seu potencial e tirar o máximo de resultado através da sua Liderança Poderosa. Essa força vai gerar um impulso que te levará, juntamente com sua equipe, para mais próximo do sucesso. A solução também está em repensar nas suas verdades absolutas, que são as responsáveis pelo seu resultado positivo.

Desta forma, busque aprender a dominar as pressões externas para não se contaminar e continuar ativo em busca do que deseja alcançar, fortalecer o sentido da harmonia no esforço da cooperação e acima de tudo refletir na importância de desenvolver uma personalidade cativante que valida tudo isso.



MARLUY NOGUEIRA é palestrante, master coach, treinadora de líderes e empresária da Total Coaching. Também colaborou com nosso Blog.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

NÃO VAMOS "FALAR" DE ESTUPRO

Já dizia a sabedoria popular: "Uma imagem fala mais que mil palavras". Vamos deixar, então, que essas imagens falem sobre a adolescente que foi estuprada por 33 homens...
 
 


terça-feira, 24 de maio de 2016

OUTRAS 20 COISAS QUE NÃO TE CONTARAM SOBRE A PATERNIDADE

Em 2013, pela ocasião do nascimento do meu sobrinho e afilhado Henrique, escrevi e dediquei ao meu irmão um texto que intitulei de "20 coisas que não te contaram sobre ser pai". Hoje, em homenagem ao meu grande amigo-irmão André A. Souza, que será pai em alguns meses pela primeira vez, dedico este texto que leva o título de "Outras 20 coisas que não te contaram sobre a paternidade". Te amo amigo!

OUTRAS 20 COISAS QUE NÃO TE CONTARAM SOBRE A PATERNIDADE

Por Julio César Gonçalves

  1. Viver a experiência de participar da "criação" é algo que não tem como explicar... Essa ideia vai passar pela sua cabeça em algum momento da sua vida a partir de agora e a sensação é inexplicável.
  2. Pode ser que você descubra uma outra pessoa em você mesmo: mais sensível, mais atento, mais carinhoso, com outras prioridades.
  3. Seu sono vai mudar. Qualquer barulhinho te deixará em estado de alerta (agora alguém depende de você).
  4. O tempo, para realmente entender o que está acontecendo, parece ser muito diferente em relação ao tempo das mamães (talvez porque elas sentem fisicamente as mudanças). Não se torture... a paternidade chega mais tarde do que a maternidade.
  5. Com certeza você teve mais sorte do que todos os outros papais... você terá 20 dias de licença paternidade segundo nova legislação (cf. Projeto Empresa Cidadã).
  6. É incrível como sua visão de mundo se transforma... A impressão que terá é que você enxergará grávidas, bebês e coisas de bebês, mais do que o normal.
  7. Você vai se pegar lendo revistas, pesquisando sites e blogs especializados em comportamentos, sobre como agir. Informações são sempre bem-vindas, mas não pire a cabeça... não há receitas prontas.
  8. A natureza é perfeita! Nas semanas finais da gestação, poderão surgir os chamados "alarmes falsos" - pequenas e leves contrações, para preparar você e sua esposa para a corrida até o hospital.
  9. Talvez perceba momentos de mudanças no seu humor após o nascimento do baby, que podem estar relacionadas a diversos fatores, como a falta de privacidade, noites mal-dormidas nas primeiras semanas, o estresse gerado pelas novas mudanças... 
  10. Sabe aquele medo de não dar conta de arcar com os gastos de uma criança, com a qualidade que você e sua esposa sonhou? Bem... esse medo parece que está incluso no pacote da paternidade... ele não vai embora. 
  11. Planejar o futuro, planejar o futuro, planejar o futuro... (palavras de ordem).
  12. Fique em paz. Nossos filhos são o melhor de nós. 
  13. Um turbilhão de emoções e sentimentos novos podem surgir durante a gravidez e nos primeiros anos após o nascimento do bebê. Pode ser que o ciúmes da relação entre o bebê e a mãe apareça. Muitos pais sentem que sua parceira não confia nele para cuidar do bebê. Essa confiança vai surgir conforme você se inteirar das atividades da rotina do bebê (como trocar fraudas, esquentar mamadeiras, preparar o ambiente para as mamadas). Participar desse processo ainda é a melhor forma de se incluir e se sentir incluído na relação.
  14. Pode ser que passe pela sua cabeça algumas dúvidas: "Será que um dia vou conseguir amar este pequeno ser tanto quanto a mãe o ama?".  O dialogo entre o casal é fundamental para evitar que pequenas crises isoladas se transformem em grandes crises no casamento e minar a relação. Leia mais em chegada do primeiro filho é prova de fogo para casamento.
  15. Tudo é educação... você vai perceber que terá que ensinar TUDO, desde amamentar, mastigar, fazer xixi no lugar certo, falar, expressar sentimentos e sensações, ler e escrever, respeitar, lidar com as frustrações... não se preocupe. Elas vêm em doses suportáveis (à tempo de aprender também).
  16. Sabe aqueles vegetais que você não gosta ou não faz questão de comer? Farão parte da sua dieta de agora em diante. Em contrapartida, vai abrir mão das besteiras (o bom é que você vai se reeducar-se para uma alimentação melhor).
  17. Você vai sentir, alguma vez, vontade de estar no lugar da criança, quando as fases das doenças chegarem. Essa já é uma prova definitiva de que você ama.
  18. Seu coração vai partir ao meio (talvez até chore) depois de corrigir, proibir, ou ser enérgico com seu filhote...
  19. Ser acordado domingo de manhãzinha a galopes é muito bom (verdade!). Criança não conhece calendário, nem horas...
  20. Talvez nada disso aconteça de fato. Talvez, apenas alguns itens desta lista... o fato é que vocês três descobrirão, da melhor maneira possível, um jeito de lidar com todas as situações. Ah... o melhor de tudo é que, ainda assim, pode continuar contando com a ajuda e o carinho dos amigos que torcem por vocês.


segunda-feira, 25 de abril de 2016

DESCARTE DE EMBRIÕES: UM DILEMA ÉTICO DO NOSSO TEMPO



Por Julio César Gonçalves

Já é sabido que nunca falamos tanto sobre ética e falta de ética quanto nas últimas décadas, seja pelos meios de comunicação de massa, seja em discussões nas Universidades, seja no "senso comum nosso do dia a dia".
Hoje gostaria de trazer à tona um dentre tantos temas debatidos pela sociedade e que faz parte de uma área da ética denominada BIOÉTICA. Trata-se das discussões sobre a fertilização in vitro e o descarte dos embriões excedentes.
O problema ético central dessa discussão está em definir uma destinação aos embriões que não foram implantados no útero, ou seja, aqueles embriões que foram fecundados em laboratórios e que estão congelados (criopreservados) aguardando um destino. E que destino poderia ser este? Doá-los para pesquisa com células-tronco? Descartá-los? Mantê-los congelados? Doá-los para outros casais?
Estas são questões difíceis de serem resolvidas, mas que precisam ser pensadas. Seria muito fácil resolvê-las caso houvesse um consenso entre as verdades científicas, as verdades de fé e as verdades jurídicas. Mais precisamente sobre quando se considera o início da vida.
Muitos filósofos se embrenharam nesta difícil tarefa. 
Hipócrates (pai da medicina) defendia a tese de que é na concepção que se inicia a vida, portanto, qualquer remédio que colocasse em risco à vida intrauterina não deveria ser administrado. Platão pensava ser no ato do nascimento o exato momento em que a alma se fundia ao corpo. Aristóteles, a partir da "teoria da animação imediata", argumentou explicando que alma e corpo se unem semanas após a fecundação, afirmando que o feto tem vida e, pelos primeiros movimentos do bebê ainda no útero de sua mãe, se provará o início da vida. Também outros se posicionaram a este respeito.
Na próxima postagem veremos o posicionamento das religiões e da ciência.
Mas, fica para ecoar em nosso pensar, a questão: "Em que momento surge a vida?".

(Continua...)


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