Por Ana Paula Fioramonte - Jornalista
Apesar do aumento expressivo do número de universitários no Brasil, ingressar na universidade ainda é um privilégio de poucos jovens. Após o término no ensino regular, geralmente aos 17 anos, a escolha por uma profissão se torna uma árdua tarefa.
Aquele adolescente que em tudo dependia dos pais, agora tem que aprender a caminhar com suas próprias pernas. É nesta fase que surgem as responsabilidades e com ela as preocupações financeiras, uma vez que os gastos com o estudo alteram o orçamento familiar.
Devido essa alteração, os jovens saem em busca de oportunidades de emprego. É ai que a procura por um estágio no seu futuro ramo de atuação é importante para que ajude no amadurecimento e também no investimento dessa profissão. Além do estágio universitário ser uma fonte de renda, pode ser também o melhor caminho para ingressar no mercado de trabalho e adquirir experiência. O primeiro passo pela busca do estágio não é aceitar o primeiro que aparece, mas analisar as vantagens e desvantagens inclusive financeiras.
Carla Emanuelli Pereira de Souza (foto), 26, bacharel em Economia, explica que o planejamento orçamentário dos jovens universitários deve começar a ser feito antes mesmo de um vestibular, e durante esta fase é necessário analisar a viabilidade do pagamento da mensalidade no caso de uma universidade privada, e no caso de uma universidade pública as despesas com moradia e alimentação. É importante estudar as formas de financiamento Estudantil (FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante e do Ensino Superior e PROUNI – Programa Universidade para Todos) e os programas de incentivo que o governo oferece (Bolsa Escola da Família), sempre pensando no futuro e analisando como serão quitadas as dívidas com financiamentos após o término do curso.
Assumir compromissos financeiros significa estabelecer metas não só a longo prazo mas principalmente a curto prazo. Pequenas despesas, muitas vezes supérfluas, é o primeiro passo do corte orçamentário, é necessário avaliar as suas reais necessidades nesta fase tão importante da vida e sacrifícios valem a pena por uma escolha profissional certa e segura, conclui Souza.
Como forma de auxílio aos universitários que irão ingressar num curso de graduação e para aqueles que já estam cursando, Carla dá as dicas: coloque no papel, literalmente, detalhes do seu orçamento (despesas e investimentos), e analise a melhor forma de renda para que não se fique no “vermelho” todo mês. O investimento com o curso, as despesas com transportes, alimentação, materiais, lazer, são todas importantes para que nada fique esquecido do orçamento, e é sempre bom relembrar que alguns cortes são essenciais.
Para a aluna de publicidade, Silmara Ávila, 20, contemplada com bolsa de estudo, planejar seu orçamento mensal, é uma forma de controle. Coloco todos os meus gastos fixos e os meus ganhos em uma planilha, assim tenho noção de quanto tenho disponível para gastar com coisas supérfluas e laser. E procuro manter sempre o orçamento com saldo positivo, comenta a estudante.
Dicas para criação de uma planilha orçamentária
- A melhor opção “simples” é o Excel (programa do pacote Office);
- Criar uma coluna com suas Receitas (Bolsa Estágio, Salário, Ajuda de Custo dos Pais se houver...)
- Criar uma coluna com Despesas Fixas (Alimentação, Transporte, Academia, Celular, etc)
- Criar uma coluna com Possíveis Gastos ( lazer, medicamentos, etc)
- Criar um saldo e verificar sua realidade,
- Detalhe....a despesa com moradia se houver, não deve ultrapassar 30% da receita.
ANA PAULA FIORAMONTE é Jornalista, recém-formada pela UNIESP e colaboradora do Blog SOCIOLOGIA NO MUNDO
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