Confira na íntegra a carta do atual presidente da ANPOF (Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia).
"Prezados colegas:
Tramita no Congresso Nacional, em regime conclusivo, o projeto de lei n. 2533/11, elaborado pelo Deputado Giovani Cherini (PDT/RS). Seu objetivo é regulamentar a profissão de filósofo no Brasil. Conforme a proposta do deputado Cherini, o desenvolvimento de projetos socioeconômicos regionais, setoriais ou globais deverão contar com a participação de filósofos devidamente registrados no Ministériodo Trabalho.
Estarão qualificados para o exercício da profissão todos aqueles que possuírem título de bacharel em filosofia, os diplomados "em cursos similares" no exterior, após terem seus diplomas revalidados, além de mestres e doutores não diplomados que exerçam a atividade há mais de cinco anos. O mencionado projeto de lei também assegura que a profissão de "filósofo" poderá ser exercida por membros titulares da Academia Brasileira de Filosofia e "aos por ela diplomados". Para conferir a íntegra do Projeto de Lei, acesse: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=523870
Como
representante da comunidade de pós-graduação dos cursos de filosofia no Brasil,
a ANPOF vem manifestar seu repúdio a tal projeto.

Acima de tudo, causa-nos estranheza a
prerrogativa que o projeto pretende dar à Academia Brasileira de Filosofia, que
qualifica como filósofos João Avelange e Carlos Alberto Torres, capitão da
seleção de futebol de 1970. Trata-se de uma associação absolutamente
inexpressiva no que concerne aos estudos, projetos de pesquisa e ensino da
filosofia em nível universitário. A despeito disso, o referido projeto quer
transformar essa entidade na representante da filosofia e da “língua
filosófica” nacionais” (artigo 7).
Por essas razões, endossamos o abaixo‑assinado
que circula na Internet contra o mencionado projeto, que pode ser acessado a
partir do link que inserimos abaixo.
Cordialmente,
Vinicius de
Figueiredo (Presidente da Diretoria da Associação Nacional de Pós-Graduação em
Filosofia – ANPOF)”
Será mesmo tão desnecessária a regulamentação da profissão do filósofo? Vamos pensar, porque pensar não dói nem vira cifra$...
2 comentários:
Querer regulamentar a “profissão” de filósofo é ridículo.
Ser filósofo tem a ver com uma vocação, um estado de espírito, um chamado intelectual; não com assinatura na carteira de trabalho.
Imagine que a “profissão” de filósofo seja regulamentada: Teremos idiotas que não conseguem ligar duas ideias, mas que possuem registro junto ao órgão competente, vomitando asneiras, mas garantidos de que são filósofos!
Pois é meu querido Marco, concordo contigo em gênero, número e grau...
Porém, acredito que seria mais justo se nós filósofos tivéssemos alguns direitos assegurados pela CLT, por exemplo, para prestar serviços em comissões de ética, na elaboração de projetos etc.
Será que é justo toda a comunidade de filósofos "pagar" pelos pseudo-filósofos???
Abraço.
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