Por Julio César Gonçalves
Apesar da dimensão continental, o Brasil ("gigante pela própria natureza"),
ainda não atingiu sua maioridade no que tange a pesquisa no geral e, de modo
peculiar, na área da saúde.
O parâmetro é posto com base nas nações desenvolvidas, tais
como os Estados Unidos, a França, Alemanha etc. É um pouco injusta essa
comparação se levarmos em consideração o fato de o nosso país estar ainda
engatinhando, isto é, o Brasil ainda é um país muito jovem - pouco mais de 500
anos. Está agora aprendendo a ser autônomo tanto econômica quanto politicamente.
Em contrapartida, países como a Coreia apresentou um comportamento de
desenvolvimento científico muito rápido e eficiente, se levarmos em
consideração que até a década de 1990 os dois países possuíam características
semelhantes no quesito educação.
Os três textos sugeridos como base da reflexão que aqui
pretendemos fazer (segue link ao final da postagem), expõe de maneira muito clara este processo de
desenvolvimento econômico (ou seria crescimento econômico?) de nosso país. Se
pensarmos que somente há pouco tempo ele deu um salto nesse rumo, podemos
também vislumbrar um futuro mais otimista para as pesquisas.
O que mais me chamou a atenção nos textos foi o fato de que,
nos países desenvolvidos o índice de crescimento do país está intimamente ligado
com os resultados e fomentos à produção Científico-tecnológica e em Educação.
Só neste quesito, já sabemos que o Brasil precisa mudar, e muito. A educação
ainda não é prioridade para a gestão nacional, tampouco a ciência. E isso é
reflexo do modo como educamos as crianças e os jovens dentro das escolas.
Não só o ensino, mas a formação cultural em nosso país é
medíocre, uma vez que está atrelada a interesses classistas e imediatistas. No
Ensino Fundamental, ensinamos as crianças para que possam passar nas provas e
exames nacionais e municipais. No Ensino Médio, quem norteia os conteúdos
ensinados e a metodologia de ensino, já não é o professor e a equipe escolar há
muito tempo. Essa tarefa fica a cargo das Universidades pela exigência do que
se cobra nos vestibulares.
Esse diagnóstico está nos mostrando que a educação
brasileira não possui um fim em si mesma, mas um meio que visa a absorção
rápida dos sujeitos pelo mercado de trabalho. Ora, que incentivos recebemos, em
nossa formação básica para gostar de ciência? Muitos estudantes chegam à
faculdade e vai descobrir no final do curso (quando se tem sorte), de que a
pesquisa, inclusive em outras áreas do conhecimento (Ciências Humanas, Sociais
Aplicadas, Naturais, Matemáticas etc), são produções científicas... A ideia que
povoa o imaginário popular é de que o cientista é um cara com a cara de louco, cabelos despenteados, óculos, bloco de papel
e caneta à mão, de jaleco branco e fechado em seu mundinho chamado laboratório.

Textos
Sistema mundial: um universo em expansão
A pesquisa medica e biomédica no Brasil
Pesquisa em saúde no Brasil - contextos e desafios
2 comentários:
O Brasil tem o direito de ter o seu lugar bem reservado no cenário,pois em relação a este tema nosso país pode discordar e reclamar de tais manifestações ao assunto.Essa matéria é muito importante para retratar a imagem do nosso país do tema relacionado.
O Brasil é um país que ainda está começando o seu futuro e planejando toda a sua estrutura e não pode ser comparado a países desenvolvidos,mas contudo o Brasil mereçe e tem o seu lugar no cenário internacional.Com o tempo o Brasil vai subir cada vez mais nessa lista de países desse cenário.
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