Por Maristela Rodrigues e Gabriela Matos –
Estudante de Jornalismo
O controle e a preservação ambiental vêm fazendo parte cada vez mais da lista de discussões e prioridades para a implantação, desenvolvimento e gerenciamento de unidades produtoras de açúcar e álcool no país, ainda que de maneira coercitiva, muitas vezes.
Uma das grandes preocupações ambientais é o reflorestamento, sobretudo com a implantação cada vez mais crescente de usinas canavieiras, decorrente do aumento da oferta por biocombustíveis (no caso o álcool).
O cultivo da cana-de-açúcar provoca devastação da área a ser utilizada na plantação.
Segundo o Engenheiro Agrônomo, Josimar Fernandes, os riscos provocados pela devastação com a implantação de uma usina são pequenos.
“Geralmente as áreas nas quais uma usina canavieira se instala são áreas de pastagens, cuja produtividade é baixa”, diz.
Fernandes afirma ainda que existe a necessidade de preservar o solo utilizado através da rotatividade do plantio.
“Há necessidade de, entre uma safra e outra, fazer o plantio de amendoim ou outros tipos de cultura, uma vez que o que estraga o solo não é o cultivo da cana-de-açúcar e sim a não rotatividade”, diz.
De acordo com dados recentes divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as usinas canavieiras trazem muito lucro para o país e movimentam significativamente o setor do agronegócio.
Com isso, muitos produtores de alimentos estão abrindo mão do cultivo a que estavam habituados para se aventurar com as novas possibilidades que a cana-de-açúcar oferece.
Medidas tomadas para minimizar os danos ambientais, como os provocados pelas queimadas da cana, também podem oferecer certo risco à classe trabalhadora.
De acordo com a lei (que lei...), até 2013 deverão ser implantadas colheitadeiras durante a safra, substituindo a colheita manual o que conseqüentemente trará o desemprego de muitos cortadores de cana.
A mudança de consciência, as pressões sociais e de mercado, uma fiscalização rigorosa somadas a uma administração ética e profissional, estão entre os fatores que modificaram radicalmente o discurso e a prática de diversas usinas da região.
A Usina Alto Alegre, localizada próximo a cidade de presidente Prudente (SP), realiza diversos projetos ligados a questão ambiental.
De acordo com a usina foi criado um viveiro de mudas de árvores nativas que ocupa uma área de aproximadamente 800m², com capacidade para a produção de 300mil mudas no ano.
Esta ação tem como objetivo a reposição da mata ciliar da região. Além do mais, a Usina vende créditos de carbono às outras empresas – projeto este que é certificado pela ONU.
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