TOQUE DE RECOLHER
Por Marco Aurélio dos Santos (foto abaixo) - estudante
Um assunto que já está fora de moda, porém fora muito polêmico, é o “toque de recolher”. Bom saber que o brasileiro se preocupa com as nossas crianças. Entretanto, muito me alarma o fato do Estado começar a interferir na esfera pessoal dos indivíduos.
A receita para migração de um Estado Democrático para um Totalitário é sempre a mesma: Hoje o partido tira-lhe um bem jurídico que, aparentemente, não irá lhe fazer falta. Aos poucos ele toma um ou outro bem jurídico. Hoje é a liberdade que vocês deram aos seus filhos para sair, amanhã pode ser a liberdade de vocês, pais, um fisco na poupança, sua liberdade de crença, sua consciência; até que o Estado controle tudo o que você deve pensar, fazer, comer, como deve se vestir...
É regra cogente que os planos de controle do Estado venham travestidos de boas intenções, afinal, como dizem por ai, de boas intenções o caminho para o inferno está cheio. Neste momento ele está prometendo cuidar de seus filhos melhor do que vocês. Está dizendo que vocês falharam na missão de educar seus filhos, e, por isso, ele passará a ser o novo pai de suas crianças. Mas eu pergunto a cada um que está lendo estas linhas: Do que o Estado sabe cuidar bem? Como diria meu professor de economia, “onde o Estado mete a mão, dá merda!” Nossos presidiários estão sob guarda constante do Estado, e todos sabemos como é dentro de uma cadeia.
Não nego que há pais que são omissos na criação e educação dos filhos. Porém, não podemos deixar que, mais uma vez, os bons paguem pelos maus. O que devemos procurar é corrigir os filhos dos omissos, pois aqueles, contrariamente a estes, ainda podem ser salvos. Podemos guiá-los para um caminho melhor.
Fica a minha dica: Sempre que o Estado aparecer com cara de anjo e com a melhor das intenções, levante a guarda e não a abaixe.
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