Por Julio César Gonçalves
Estamos vivendo uma crise na ética atualmente. O que isso significa? Significa que nossa sociedade vem passando por transformações em seu arcabouço moral, de modo que muitas mudanças podem ser percebidas e sentidas diariamente.
Nossos valores estão se transformando e, por consequência, causando tal sensação. O que era, não é mais (ou está deixando de sê-lo) e, substituído por novos valores que ainda não foram assimilados. Completamente pela sociedade.
Estamos no meio dessas mudanças. Exatamente no meio... O passado ainda não passou completamente e o futuro ja chegou, porém, não plenamente (daí a sensação de que o certo é o errado e vice-versa).
Um exemplo claro desta fase crítica que vivemos é a ruptura das sólidas instituições tradicionais de nossa sociedade, tais como: a família, a religião, a economia, a justiça entre outras.
Na família percebemos nitidamente uma reconfiguração estrutural, reflexo da emancipação da mulher, da dissolução dos casamentos (divórcio), da diminuição ou ausência total do número de de filhos, união homoafetiva etc.
A crença também passa por tais reconfigurações quando, para muitos, já não dá conta de responder os conflitos subjetivos de outrora. Do mesmo modo, o sistema judiciário, altamente burocratizado e falho (quando não, contraditório). As crises econômicas globais que nos afeta a todos, uma vez que não somos mais uma ilha isolada das outras ilhas (países desenvolvidos).
Enfim, esta caótica situação nos impõe, sobretudo para nós brasileiros, a sensação de que a própria ética não é mais capaz de nos nortear para a solução dos problemas que nos envolvem e é a participação efetiva na política, nas decisões coletivas, econômicas, religiosas, familiares e na justiça que vai possibilitar a todos nós maior consciência e esperança para se construir e aguardar esse futuro que já se apresenta.
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